
Motivação do crime, segundo apurado pela Polícia Civil, foram acertos relativos ao tráfico de drogas. Suspeito roubou da vítima 22 tabletes de cocaína pura. Minipresídio de cacoal
Rogério Aderbal/G1
Após investigação, os policiais civis de Cacoal (RO), município a 480 quilômetros de Porto Velho, desvendaram um crime de homicídio praticado em 2016, na Rodovia-174, zona rural de Comodoro (MT). Na época, a vítima, que era moradora de Porto Velho, foi morta com cinco disparos de arma de fogo e enterrada como indigente.
A motivação do crime, segundo apurado pela Polícia Civil, foram acertos relativos ao tráfico de drogas. O suspeito roubou da vítima 22 tabletes de cocaína pura. O homem está preso no minipresídio de Cacoal.
De acordo com o diretor de Polícia Civil do interior de Rondônia, Arismar Araújo, em dezembro de 2017 foi preso em Cacoal um homem de 37 anos, por crimes relacionados a Lei Maria da Penha e posse de arma de fogo. Logo em seguida, os policiais receberam uma denúncia de que essa mesma pessoa estava envolvida com o tráfico de drogas e que na propriedade rural que possuía em Porto Velho, teria grande quantidade de cocaína enterrada.
“Essa pessoa chamou a atenção da equipe do núcleo de investigação da Polícia Civil, que passou a investigar a procedência desse suspeito, os motivos de estar em Cacoal. Com o desenrolar, conseguimos identificar essa pessoa como provável traficante. Em seguida conseguimos relacioná-lo ao desaparecimento de um morador de Porto Velho, ocorrido no final de 2016”, explicou Arismar.
Por meio de investigação, os policiais civis chegaram ao corpo de um homem executado a tiros em uma estrada rural de Comodoro em 2016, que na época foi enterrado como indigente, já que não portava documentos e no estado ninguém havia denunciado o sumiço.
“Nós conseguimos provas de que vítima e suspeito saíram no mesmo carro de Porto Velho, e que ambos estiveram juntos no local onde ocorreu a execução. Em seguida conseguimos fazer a identificação do corpo e ligamos o crime ao suspeito que já estava preso em Cacoal”, contou.
A Polícia Civil sustenta a tese de que o crime foi praticado por acertos relativos ao tráfico de drogas. Suspeita materializada, já que a droga foi encontrada enterrada em uma propriedade rural de Porto Velho, pertencente ao suspeito.
“Acreditamos que ambos se deslocaram ao Mato Grosso para negociar a droga que pertencia à vítima. No caminho, o suspeito aproveitou a oportunidade e executou o dono da substância. Se apossando da droga, retornou para Rondônia e enterrou a cocaína em uma propriedade rural de Porto Velho”, relatou o diretor.
Os policiais civis estiveram no local indicado na denúncia e encontraram os 22 tabletes de cocaína pura. Aos policiais, o suspeito negou a participação no homicídio, mas a polícia garante que tem provas suficientes que ligam ele ao crime.
Após a solução do crime de homicídio, o processo foi devolvido à Delegacia de Comodoro, que deverá concluir o inquérito, já que a morte foi praticada lá. Segundo Arismar, o suspeito responderá em Cacoal, onde já está preso, pelos crimes da Lei Maria da Penha e posse de arma de fogo, em Porto Velho responderá por tráfico de drogas e no Mato Grosso, por homicídio. Após o julgamento de todos os crimes, poderá ser condenado a até 56 anos de prisão.
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